Foi criado em 1993, a partir do sonho dos animadores brasileiros Marcos Magalhães, Aida Queiroz, Cesar Coelho e Léa Zagury, que se conheceram num curso de animação que a Embrafilme fez em cooperação com o National Film Board do Canadá em 1985.
Diogo Viegas fala da importância do Anima Mundi para os jovens animadores.
Diogo Viegas fala da importância do Anima Mundi para os jovens animadores.
É o maior evento regular dedicado ao cinema de animação das Américas, tem lugar anualmente, no mês de julho, nas cidades brasileiras de Rio de Janeiro e São Paulo. A cada edição cerca de 80.000 pessoas, além de realizadores e gente de mídia, rendem-se ao charme do festival. São centenas de filmes selecionados entre os melhores do mundo, retrospectivas, especiais, oficinas abertas onde os freqüentadores iniciam-se nos segredos da animação despertando seus talentos, um concurso na web e encontros pessoais com os mais célebres animadores da atualidade.
Aida Queiroz, uma das idealizadoras do festival, ganhou o prêmio Coral Negro de melhor animação no festival de Havana 1986 com seu curtaNoturno. Ela co-dirigiu Tá Limpo com César Coelho e Marcos Magalhães;Alex (premiado em Havana 1987 e Espinho 1989), com César Coelho ePetróleo! Petróleo, também com César Coelho.
César Coelho, também autor de Informística (1986), começou a carreira como ilustrador e chargista. Duas vezes selecionado para programas de intercâmbio com o NFB/Canadá, especializou-se em técnicas de animação industrial. Aida e César dirigem a Campo 4 desenhos animados, a maior produtora de animação tradicional do Rio com grandes clientes na publicidade e na TV.
Já Léa Zagury recebeu título de mestrado em cinema no departamento de Animação Experimental do California Institute of the Arts. Co-dirigiu Uma cidade contra seus coronéis e é autora dos curtas Instinto Animal, Slauaghter,Salamandra e Karaiba. Léa trabalha em projetos de animação e ilustração como free-lancer em Los Angeles, em videografia submarina e desenvolve documentários para TV.
Marcos Magalhães ganhou o prêmio especial do júri de Cannes de 1982 com seu curta Meow!, realizou também Animando (1983, filmado no NFB/Canadá), Mao Mãe (1979), Tem boi no trilho (1988), Precipitação(1990), Pai Francisco entrou na roda (1997) e Dois (2000- como artista visitante na University of Southern Califórnia).
Foi responsável pelo primeiro curso profissional de animação realizado no Brasil, em 1987, e coordenou Planeta terra, filme coletivo feito por 30 animadores brasileiros para o ano internacional da paz da ONU. Dirigiu, ainda, o inusitado Estrela de oito pontas (1996), em parceria com o pintor Fernando Diniz.
Foi responsável pelo primeiro curso profissional de animação realizado no Brasil, em 1987, e coordenou Planeta terra, filme coletivo feito por 30 animadores brasileiros para o ano internacional da paz da ONU. Dirigiu, ainda, o inusitado Estrela de oito pontas (1996), em parceria com o pintor Fernando Diniz.
O festival Anima Mundi se tornou um dos eventos mais aguardados na agenda cultural do Rio de Janeiro e São Paulo e ajudou a desmistificar a tese de que desenho animado é coisa unicamente de criança, provando que a animação pode atingir públicos de todas as idades.
“No início do festival, havia a participação de dois a três filmes brasileiros em cada ano. "Há três anos o Brasil é o país que mais inscreve filmes no festival. As sessões de filmes brasileiros (Mostra Brasil) são as primeiras a terem seus ingressos esgotados, e a cada ano o público aumenta, provando o potencial de mercado para a animação brasileira, a participação brasileira cresce exponencialmente, e fica mais madura a cada ano. Os autores já trafegam tranqüilamente por todas as técnicas de animação e usam bastante bem os vastos recursos da linguagem cinematográfica e de animação, e conseguem um acabamento cada vez melhor nos trabalhos”. Todo esse crescimento levou ao anúncio, durante o 11o Anima Mundi, da criação da ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação.
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